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Chapter 7: Capítulo 7
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Chapter 7: Capítulo 7

Diego.

Estava preparando meu café da manh?, morar sozinho tem suas vantagens e desvantagens e fazer a

própria comida, arrumar a própria casa, lavar e passar a própria roupa as vezes se tornava uma

grande desvantagem.

Eu moro sozinho desde que fui pra S?o Paulo, n?o fui muito difícil me adaptar, minha m?e abandonou

eu e meu pai quando eu tinha seis anos e meu pai era como se n?o existisse pois só queria saber de

trabalhar, sempre foi muito ausente.

Minha maior campanhia foi a Rosa, a empregada que é quase minha m?e. Sinto maior falta do cheiro

da sua comida, aprendi muita coisa com ela e uma delas foi cozinhar bem.

Tomei meu café tranquilamente enquanto mexia no telefone, assim que acabei lavei o que sujei e fui

ao banheiro escovar meus dentes. Voltei para o Rio por simplesmente ter cansado de S?o Paulo e o

estresse na empresa estava absurdo, eu precisava de um pouco de paz.

Eu e meu pai nunca nos demos muito bem e os maiores conflitos eram com ele, as vezes é impossível

n?o misturar o pessoal com o profissional.

Mesmo trabalhando pelo notebook ainda me estressava com as reuni?es por vídeo conferência ou

resolvendo as merdas que alguém fazia mas o estresse era bem menor.

Chega dar vontade de chorar quando lembro que daqui meses voltarei para minha torturante rotina em

S?o Paulo.

Vesti um short preto de pano mole, calcei meu tênis e peguei meus fones. Eu ia correr na orla,

adorava fazer isso pela manh? quando n?o me batia pregui?a ou dormia até mais tarde. Meu

apartamento era na cobertura e de frente pra praia de Copacabana, ent?o era só atravessar a rua.

Coloquei uma música e comecei a correr, algumas mulheres me olhavam e pareciam que ia me comer

com os olhos, já estava acostumado com isso, as mulheres sempre me desejavam, tinha quem eu

queria e quem n?o queria mas nunca me envolvi sentimentalmente com ninguém, era só sexo.novelbin

Em vinte três anos só namorei um vez e por pouco tempo, eu mesmo terminei com ela porque achava

que gostava e na verdade eu n?o sentia absolutamente nada.

Nunca gostei de ninguém de verdade e n?o pretendia gostar nem t?o cedo.

Depois de correr, parei pra comprar um a?aí e fui pra casa andando devagar, o dia estava lindo e nem

estava t?o cheia a praia. Cheguei em casa uma hora depois cansado a be?a, tomei uma ducha gelada

e depois me joguei no sofá.

Era meio dia, coloquei na série que eu estava vendo esses dias e me ajeitei no sofá, pelo visto hoje o

dia seria mais um dia chato.

Manuela.

Dias tinham se passado desde o final de semana e esse últimos dias foram bem chatos. Na escola

n?o foi nada diferente do que as outras semanas, depois do final semana, o que aconteceu na pub

comigo e Gael ainda rolava na boca do povo, de tanto ignorar piadinhas, n?o dá a mínima para

cochichos e olhares o assunto parou.

Em casa eu n?o fazia nada além de dormir, comer, estudar e arrumar a própria. Gabriel n?o estava

parando em casa esses últimos dias e o motivo era que a empresa estava passando por uns

problemas e ele era responsável pra resolver eles. Daqui duas semanas seria o carnaval e eu estava

ansiosa, n?o fazia a mínima ideia de onde Gabriel tinha reservado a hospedagem mas eu esperava

que seria um lugar bom.

Meu pai tinha ligado esses dias para saber como eu estava e como andavam as coisas em casa e eu

falei que estava tudo sobre controle. Convivi com meus pai até meus treze anos, depois disso

come?ou as viagens e por um tempo nós ficamos com minha tia, a irm? do meu pai. Tia Luci é tudo

pra mim, apesar de n?o nos falarmos mais com frequência. Ela ganhou uma proposta pra trabalhar

fora do país e foi assim que Gabriel fez dezoito anos.

Ela era um barato e minha maior saudade.

Era uma quinta feira e eu estava voltando para casa, n?o teve nada demais na escola, só mais um dia

onde os professores socavam matéria no rabo da gente. Subi a rua do meu prédio mexendo no

telefone e com fone no ouvido, abri o port?o e quando ia fechar alguém segurou, olhei e era Diego.

Persegui??o ?

O que esse garoto queria uma hora dessa na casa dos outros ?

O ignorei e chamei o elevador, rezei para que ele fechasse e n?o desse tempo pra que ele entrasse

mas n?o rolou, ele entrou com seu sorriso debochado no rosto e eu rezava pra que essa porta

fechasse na cara dele.

Tosco.

Fomos lado a lado quietos, eu de fone e ele parado olhando pra porta, se n?o fosse por Gabriel eu

entrava em casa e fechava a porta na cara dele.

E trancava.

Adentrei em casa e n?o tinha um sinal do Gabriel, eu estava come?ando a pensar que estavam de

sacanagem comigo.

Isso só podia ser sacanagem.

— Gabriel n?o tá em casa, se quiser ir embora tudo bem — forcei um sorriso — Pe?o pra ele te avisar

quando chegar.

N?o iria avisar.

— Vou esperar — se sentou no sofá.

Ah, sério?

O deixei na sala e fui tomar um banho. Tomei uma ducha rápida, coloquei um short de malha e um top,

fiz um coque e sai do quarto na esperan?a de que tivesse se mancado e ter ido embora.

N?o tinha.

Coloquei minha comida e sentei no sofá ligando a televis?o, botei no canal de desenho e comecei a

almo?ar.

Estava faminta.

— Fala sério — riu — Velha e vendo desenho.

— N?o é você que me chama de pirralha ? — arqueei a sobrancelha.

— E é — se ajeitou no sofá e cruzou os bra?os.

— Se manca.

— T? esperando você pedir desculpas pra Severina — disse sério. Do que ele estava falando?

— Quem é Severina? — indaguei.

— Meu carro.

Gargalhei alto, ele estava blefando, n?o é?

— Por que eu pediria desculpas para seu carro ? — mordi o frango.

— Você bateu a porta, Manuela — disse ainda sério. Ele era louco ?

— Aí Diego, supera — rolei os olhos.

Tosco né. Se ele achava mesmo que eu ia pedir desculpas para um carro, ele estava muito enganado.

Ouvi o barulho da porta e era Gabriel, nunca fiquei t?o feliz pela chegada dele na minha vida.

— Como assim vocês est?o juntos no mesmo ambiente e est?o vivos ? — tirou seu sapato e riu

Forcei um sorriso e fui pra cozinha lavar meu prato, assim que acabei guardei tudo e fui para meu

quarto. Estudei um pouco antes de deitar, algumas matérias precisavam ser revisadas. Quando foi la

para as três da tarde eu decidir dormir um pouco.

..

Acordei no susto, tive um pesadelo com Gael e acordei ofegante. Joguei uma água no rosto e controlei

um pouco a respira??o. Antigamente esses pesadelos eram bastante frequentes, depois que eu

passei pela psicóloga diminuiu e eu só tinha as vezes e passou a ser raro.

Sai do quarto pra beber uma água e os meninos estavam na sala. Eles n?o tem vida?

— E aí, loirinha — disseram em uníssono.

— Oi —sorri e fui beber minha água.

Diego ainda estava aqui, ele n?o tinha mais o que fazer?

Eles estavam bebendo, me ofereceram e eu recusei, era quinta feira e amanh? eu teria aula. Sentei no

sofá e fiquei conversando com eles, cada palavra que Alex falava era uma gargalhada minha.

Ele era muito engra?ado.

— Vamos ver filme de terror — o mesmo sugeriu.

— Voltou ele com essa ideia bosta — Victor bufou.

— Tá com medo, gatinha ? — fez voz de mulher e nós rimos.

Depois de muito discuss?o entre eles, decidiram colocar filme de terror. Alex escolheu um baseado em

fatos reais e Victor já estava surtando.

— Isso n?o vai dar certo — disse e nós rimos.

— Para de ser frouxo, Victor - Diego deu um tapa no seu bra?o — Pelo menos uma vez na vida.

— N?o fode, cara — irritou-se.

Fizemos pipoca e colocamos o filme pra come?ar.

— Tu n?o tinha um melhor n?o ? Sem ser baseados em fatos reais — Gabriel perguntou tirando a

almofada que escondia o rosto e olhou para Alex.

— Eu avisei que Alex escolhendo filme era furada — victor negou com a cabe?a.

— Antes eu do que você colocando filme de comédia que só você acha gra?a — Alex deitou no sofá.

O filme todo foi com Gabriel e Victor com medo pedindo pra tirar. Eu, Alex e Diego ficávamos rindo de

chorar com eles dois, era muito engra?ado ver eles cobrindo a cara toda vez que tinha alguma

apari??o no filme. Quando acabou o filme eu me despedi de todos e voltei para meu quarto, estava

cheia de sono.

Eu tinha sono para dar de sobra.

Mexi um pouco no celular, segui Victor e Alex de volta no Instagram e fiquei mais um pouco nas redes

sociais antes de dormir igual uma pedra.

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