Chapter 6: Capítulo 6
Estava com a cabe?a t?o longe que n?o percebi que tinha um carro na minha frente, forcei pra tentar
ver quem era lá dentro mas o vidro era muito escuro.
Nada como um sequestro para melhorar a noite, n?o é mesmo?
O vidro foi abaixado e na mesma hora meu corpo se relaxou quando vi que era Diego mas fechei a
cara automaticamente.
— Te deixo em casa, vem — ele apertou o bot?o que destrancava as portas.
— N?o precisa, vou de chamar um táxi — disse sem o olhar pra ele.
— Deixa de ser orgulhosa e entra, Manuela — olhei pra ele com a sobrancelha arqueada.
— Lya foi buscar minhas coisas, ela vai dem...
— Cheguei — olhou para minha cara sem entender o porque de Diego estar ali.
Lya n?o conhecia Diego, só sabia dele por causa de fotos e nome, porque eu sempre que podia falava
o quanto eu o odiava. Me despedi dela e disse em seu ouvido que quando chegasse em casa iria
explicar tudo. Entrei no carro sem olhar para Diego, coloquei o cinto e o esperei da partida.
— Pensei que n?o frequentava esse tipo de lugar — quebrei o silêncio que estava.
— Sei que sou um cara sério e charmoso e n?o pare?o frequentar esses lugares.
— Coitado — ri debochadamente.
— Por que seu ex namorado estava te puxando pra fora da Pub? — perguntou dirigindo calmamente
com uma m?o no volante e o bra?o na janela.
O olhei rápido, n?o tinha como ele saber disso porque na época ele morava em outro estado.
— Eu sei de tudo, Manuela — deu um sorriso fraco — vocês voltaram?
— N?o — encarei o ch?o do carro.
Eu preferi acreditar que Gabriel teria contado pra ele, até porque ele é bem fofoqueiro e n?o me
surpreendia tal atitude. Fomos em silêncio o resto do caminho, o céu estava come?ando e ficar claro e
como eu estava t?o distraída que quando vi já se encontrávamos em frente ao meu prédio.
— Obrigada — soltei o cinto de seguran?a e peguei minha bolsa.
— N?o me agrade?a, n?o fiz nada por você e sim em considera??o a seu irm?o — disse firme olhando
pra frente.
Pensei durante o caminho que talvez teria sido muito grossa com ele mas agora eu tinha a certeza
que n?o, eu fui pouco. Sai do carro batendo a porta, ele é e sempre seria um verdadeiro idiota. Meu pé
estava latejando, n?o aguentava mais esse salto.
Cheguei em casa e aparentemente n?o tinha ninguém, tirei meu salto e meus pés deram gra?as a
deus por isso. Eram seis horas da manh?, tomei um copo de água e me mandei para o quarto, eu
estava exausta. Deixei minha bolsa de lado e coloquei meu telefone para carregar.
Tomei um banho demorado, a água fria estava maravilhosa e me acalmava demais. Sai do banho com
a toalha enrolada no corpo, passei hidratante antes de colocar meu pijama de oncinha que tinha pego
no armário. Deitei e adormeci em segundos.
Que noite.
..
Acordei era duas da tarde, meu telefone estava com algumas mensagens e notifica??es de redes
sociais, respondi algumas pessoas e bloquiei a tela.
O que aconteceu na pub já tinha chego na boca do povo, resolvi ignorar todos porque n?o vou ficar
batendo palma pra maluco dan?ar. V?o falar o que quiser e eu n?o vou dar a mínima.
Levantei fui no banheiro jogar uma água no rosto e escovar os dentes, eu estava ridícula, a ressaca
n?o bateu na porta n?o, ela tinha arrombado. Peguei meu telefone e vi a marca??o que fizeram no
Instagram, só curtir e comentei com um cora??o.
Estava ouvindo vozes e risadas vindo da sala, sai do quarto do jeito que estava e quis me enfiar num
buraco quando vi uns amigos do meu irm?o na sala, apesar de falar com alguns n?o chegava a ter
uma intimidade para tal coisa.
— E aí loirinha, vai para o churrasco também? — Alex falou sorridente.
— Tu está convidando minha irm?? — Gabriel com a tábua de carne na m?o olhou sério pra ele.
Eu ri, era muito engra?ado ver ele com ciúmes de mim.
— E vamos de morte — Victor fez o dedo paz e amor e biquinho.
Nós rimos.
— Huuum..essa coca é fanta — Diego riu.
Ele me olhou rápido e desfez o sorriso, eu n?o liguei, cara feia pra mim é fome. Estava quase decidida
a ir nesse churrasco dos meninos, n?o tinha nada para fazer hoje ent?o iria aproveitar pra comer
bastante.
Churrasco, piscina e bebida. Quem recusa, n?o é?
— Estamos lá embaixo, se quiser ir com uma saia até o pé pode ir — Gabriel beijou minha testa e
desceu com as coisas.
Fui para o quarto e tomei um banho, n?o lavei o cabelo porque eu poderia querer entrar na piscina,
ent?o optei por n?o lavar. Coloquei um biquíni preto e amarrei meu cabelo num rabo de cavalo, vesti
um short jeans cintura alta e minha viseira branca da Nike.
Desci com o óleo bronzeador e meu celular, era apenas o necessário. Os meninos estavam
acendendo a churrasqueira e cortando a carne, quem iria fazer o churrasco era Diego, n?o comentei
nada mas mentalizei que ficaria uma merda igual ele. Conversando com eles vi que s?o muito legais e
n?o s?o nada pervertidos como Gabriel fala.
Só mais uma desculpas pra me manter longe deles.
Alex era o mais engra?ado e muito bonito. Tinha cabelo castanho escuro, sua pele era bronzeada e os
seus olhos eram as coisas mais linda, era um tom de mel escuro que vezes ficava claro. O Victor era
brincalh?o porém um pouco mais sério, era branco igual uma vela, seus olhos e seu cabelo eram preto
e seu era corpo todo tatuado. Tinha o caio também, que eu até já tinha visto algumas vezes mas
nunca havia conversado com ele.
O mais sério era Diego, na dele, de pouco riso. é até bom, assim eu n?o escuto sua voz insuportável
de senhor "certinho".
— Vai passar carnaval com a gente em Angra também? — Victor perguntou bebendo sua cerveja e eu
assenti.
N?o fazia a mínima ideia de que eles iriam.
Eu geralmente passo carnaval por aqui na zona sul com Lya mas esse ano meu irm?o cismou de ir
para Angra e como esse ano se tudo desse certo seria meu último carnaval, n?o questionei nada.
A carne saiu e nós comemos, n?o vou negar, estava muito boa. Nem parecia que Diego que tinha
feito.
Paguei com a língua.
— Seu churrasco é bom mas n?o é melhor que o meu, mona — Gabriel piscou e falou com um
peda?o de carne na boca.
— Gabriel na churrasqueira é a mesma coisa que você comer um toco de carv?o — disse comendonovelbin
um peda?o de frango.
— Churrasco de Gabriel é só ladeira a baixo.
— V?o pra merda vocês — se irritou e nós rimos.
Depois de comer fui pegar um sol, ou pelo menos o que restava dele porque já estava come?ando a
entrar. Tirei meu shorts e vi que os meninos olharam disfar?adamente. Passei meu bronzeador e deitei
na espregui?adeira. N?o demorou muito para que eles entrassem na piscina e come?assem jogar
água pra todo lado igual crian?a.
Fiquei na piscina até escurecer, quando come?ou a esfriar eu sai, me despedi de todos com um beijo
no ar e subi.
Eles que lutassem na piscina batendo queixo, eu estava fora desse evento.
Pela tarde rolou um assunto da Pub, eu gelei e pedi mentalmente pra Deus que n?o deixasse Diego
abrir o bico e ele n?o abriu, só disse que foi um menino bêbado arrumando confus?o atoa.
Estava bebendo água na cozinha quando ouvi barulho da porta sendo aberta, deveria ser Gabriel
subindo com as coisas.
— Seus amigos s?o legais, n?o sei porque tentou me manter longe del..— levei um susto quando vi
Diego — Tá fazendo o que aqui?
— Você n?o é nada gentil, sabia? — colocou umas vasilhas na pia.
— O menos gentil falando de gentileza — ri — piada.
— Pelo menos nunca bati a porta do carro de quem me ofereceu carona — piscou.
— Me poupe — o deixei falando sozinho e fui para meu quarto.
N?o deu cinco minutos para os meninos chegarem fazendo a maior festa, daqui a pouco os vizinhos
reclamavam.Tomei um banho e coloquei meu pijama, mexi no celular um pouco até pegar no
sono.