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Chapter 50: Capítulo 49
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Chapter 50: Capítulo 49

Acordei com o despertador praticamente no meu ouvido, n?o precisei de muito pra quase ficar surda.

Enrolei uns minutos na cama e depois levantei para realizar minhas higienes matinais. Tomei uma

ducha demorada, lavei o cabelo e sai do banheiro com uma toalha enrolada no corpo e a outra

enxugando o cabelo.

Vesti minha calcinha e suti?, passei hidratante no corpo e vesti meu uniforme. Sai do quarto apagando

as luzes e fechando a porta, fiz meu desejum rápido e me mandei para escola. Estava ansiosa e

nervosa para mais tarde, eu oficialmente iria morar sozinha e era algo novo para mim, a partir de hoje

seria somente eu e o meu bebê.

Cheguei na escola por volta das sete e dez, encontrei o pessoal no pátio e enquanto o sinal n?o batia

nós revisamos algumas matérias só para desencargo de consciência.

— Já falou para o senhor encrenca sobre hoje? — Lya me perguntou enquanto guardava o caderno

na mochila.

— N?o e nem vou, é melhor pra ele assim — suspirei.

— Você e suas decis?es malucas — riu.

Subimos para sala e logo o professor aplicou as provas. Quem havia aplicado era um professor de

outro ano, n?o ligava para nada e obviamente a metade da turma colou na cara de pau. Por volta das

nove eu deixei a sala, tinha certeza que tinha feito uma boa prova pois pela gra?a de Deus só havia

caído matéria fácil e n?o muita quest?o discursiva.

Só Deus sabia o ódio que eu tinha de ''justifique sua resposta''.

Sentei no pátio para esperar o pessoal como de costume, respondi algumas mensagens e aproveitei

que a lanchonete n?o estava cheia para comprar um lanche. Eu estava tomando as vitaminas passada

pelo doutora do pré-natal todos os dias a tarde e a noite, odiava o gosto das mesmas e no início foi

uma grande luta, o copo mal chegava na boca e eu colocava tudo para fora. Estava ansiosa para a

próxima consulta, queria ver o bebê e saber se estava tudo bem, todo cuidado era pouco e isso

martelava na minha cabe?a todo santo dia. Depois de um tempo Lya e Natália desceram juntas,

ambas conversando e logo se juntaram a mim no banco.

— Hoje é o dia que você vira independente? — Naty disse após se sentar e colocar a mochila no colo.

— ''Independente'' — fiz aspas com o dedo e nós rimos.

A única que sabia de tudo era Lya, n?o havia contado para Naty sobre a gravidez e tudo que tinha

rolado, na verdade, n?o havia contado nem para os meninos. Apesar de ter aceitado tudo isso e

''encarado da melhor forma'', eu ainda poderia esconder e evitar o máximo de envolver mais pessoas

nessa bagun?a toda. Eu e as meninas ficando conversando até o meninos chegarem e se juntarem a

nós também, sentou conosco algumas outras pessoas de outras turmas e ficamos conversando a

sobre a prova até irmos embora.

— Hoje é o dia de ser burro de carga? — dei um tapa no bra?o de Pedro — Ai — fez careta — falei

mentira?

— é um pena, porque vocês s?o obrigados a me ajudar com a mudan?a hoje— mandei um beijo no

ar.

— Iala — Gusta disse — Manuela, você n?o tem nem altura pra ser abusada desse jeito — dei o dedo

médio.

— Vamos jogar o armário em cima dela, gnomo do caralho — Lya disse dando um tapa na minha

bunda — Tanajura.

— Hoje vocês tiraram o dia para me insultar, n?o é? — rolei os olhos.

Lá para as onze e pouca fui embora já que tinha que terminar de ajeitar algumas coisas na casa de

Diego. Ainda era cedo, mas eu estava apreensiva com tudo isso, era um novo ciclo na minha vida, eu

teria que ser mais madura para muitas coisas a partir de em diante e eu rezei muito para que hoje

chegasse mas no fundo eu sabia que queria que demorasse a chegar. Vai entender, né!?

Hoje o dia estava sendo colaborável, tinha ido bem nas provas que tinha feito, estava me sentindo

bem, nada de fome descontrolada e enjoos e o mais importante, o transito estava uma beleza ent?o

com isso cheguei ao prédio de Diego mais rápido do que o costume. No ?nibus tinha um menino de

pele clara, cabelos e olhos escuros, vestido num moletom cinza me encarando, ele veio o caminho

todo me olhando e mesmo eu olhando de volta, o mesmo n?o para de olhar. As vezes o mesmo

digitava algo no telefone e voltava a me encarar, fui agoniada o caminho todo e quando desci no ponto

agradeci mentalmente.

Como eu odiava esses caras que pareciam nunca ter visto mulher na vida.

Abri a porta e o apartamento de Diego e estava um repleto silêncio, aparentemente o mesmo n?o

estava em casa ou estava dormindo, o que eu achava difícil. Joguei minha mochila no ch?o do quarto

e corri para o banheiro, os enjoos e tonturas haviam reduzido mas o xixi a cada dia parecia que ficava

pior e eu estava quase convencida de que algum dia desses eu iria mijar nas cal?as. Tomei um banho

e vesti um vestidinho solto, penteei o cabelo e quando sai do banheiro fui ajeitar o resto das minhas

coisas. Depois do almo?o deitei e fiquei mexendo no celular até pegar no sono, tinha marcado com o

pessoal quatro horas ent?o dava tempo de tirar um soninho antes.

***

Acordei antes do celular despertar, meu cabelo estava todo ondulado por ter dormido com o mesmo

preso e estava a coisa mais linda. Joguei uma água no rosto e passei uma maquiagem leve pra

disfar?ar a cara de derrotada. Peguei o celular e era três e vinte, juntei as malas num canto e mandei

mensagem para a mocinha perguntando onde ele estava, atraso era com ele mesmo ent?o antes de

tudo, já o apressei. Uns vinte dez minutos depois o mesmo avisou que estava lá embaixo, peguei as

malas e abri a porta do quarto dando de cara com Diego.

— Quanta tralha — me olhou de cima a baixo e riu debochadamente — já está indo, hóspede? — riu

— que coisa feia, nem avisou para o amigo.

— Nossa, nem imagino que te contou — falei sarcástica indo para sala segurando as malas.

— Bom — terminou de beber a água — pelo menos alguém tem considera??o — piscou.

Eu estava fervendo em ódio, nem Judas tinha sido t?o falso. Nós descemos, Diego estava com um

sorriso debochado no rosto a alegria dele era me ver perder para ele e gra?as a aquele idiota, ele

havia consigo isto. Alex estava parado em frente ao prédio e quando o vi fechei ainda mais a cara,novelbin

fazendo o mesmo se fazer de sonso e mandar um cora??o com a m?o de longe para mim e eu o

retribui com o dedo médio.

— Trai?oeiro — resmunguei ao entrar no carro.

Alex também ia ajudar na mudan?a, na verdade eu o obriguei e tive que o comprar com cerveja. N?o

tinha mais dúvidas de que ele era movido a álcool. Victor iria mais tarde após sair do trabalho, ele foi

mais tranquilo, n?o tive que o amea?ar e nem o manipular.

— Está nervosa, loirinha? — me olhou rápido e voltou sua aten??o para o transito.

— Sim — dei meio sorriso — praticamente uma vida nova, eu por mim, eu por mim e pelo bebê.

— Por um momento achei que você e Diego iam morar juntos — balancei a cabe?a negativamente —

iriam abra?ar a causa juntos, sabe? mesmo n?o tendo nada um com o outro.

— Eu e eles somos pessoas diferentes, com pensamentos diferentes, o bebê é sim um grande motivo

para encararmos isso juntos mas acho que seria o suficiente, no fundo nós ainda nos odiamos — dei

uma olhada rápida na barra de notifica??o do celular.

— Se odeiam mesmo ou você que quer acreditar nisso? — parou no sinal e me olhou.

— Assunto chato — cantalorei e rolei os olhos.

Nós fomos conversando até chegar na casa, o pessoal chegou junto com a gente e o caminh?o com

as minhas coisas chegou um pouco depois. Coloquei minhas malas num canto no quarto, Lya e Naty

passaram uma vassoura pela casa só para tirar o grosso porque arrumar, eu iria arrumar depois.

— Galera, chegou o caminh?o — Gusta gritou da porta.

— E vamos de escraviza??o — Alex bufou e eu o empurrei pra fora de casa rindo.

Eu n?o imaginava que tinha tanta coisa, nós ficamos quase uma hora tirando móveis do meu quarto

do caminh?o, montado n?o parecia que era tanta coisa assim.

— Agora me diz — Alex suspirou — uma pessoa desse tamanho quer ter um guarda-roupa desse

tamanho pra que diabos? — Diego riu e eu bufei.

— Para de reclamar, n?o está nem pesado — rolei os olhos.

— Claro, você está pegando o mais leve — Pedro exclamou.

— Nesses momentos eu queria estar grávida — Lya encostou na parede e respirou fundo, ela estava

ofegante.

Victor chegou a quase anoitecendo, nós já tínhamos descarregado tudo e estávamos montando

alguns móveis. Ele, Diego, e Alex estavam com o guarda-roupa e Pedro e gusta com minha cama e

minha escrivaninha. Eu e as meninas ficamos com a limpeza, fomos mais espertas e deixando o que

dava mais trabalho e exigia mais esfor?o para os meninos. Como a casa n?o era muito grande

acabamos rápido e ficamos ajeitando as coisas nos lugares.

— Guarda roupa montado — Victor levantou do ch?o segurando uma chave de fenda na m?o.

— Montado ele está, agora se está bem montado n?o sabemos — passou a m?o na testa limpando o

suor — Vou esperar, se cair na sua cabe?a é porque n?o está — dei o dedo médio para Alex e o

mesmo sacudiu o ombro.

Vi ele olhar de cima a baixo para Lya, que estava com um short apertadinho e a blusa dobrada pra

cima, quando o mesmo percebeu que eu estava olhando para sua cara balan?ando a cabe?a

negativamente desviou o olhar rápido.

Eu mere?o, né?

Por volta das nove da noite nós acabamos tudo, ficamos na sala jogando conversa fora até umas dez

e depois disso Alex, Victor, Lya, Naty, Gusta e Pedro foram embora. Eu estava exausta, só queria

tomar um banho e ir dormir, n?o tinha estudado para a prova de amanh? e nem iria, eu que lutasse pra

faze-la. Diego foi embora depois de todos, n?o entendi muito bem o porque, estava um clima estranho

entre nós e eu estava extremamente desconfortável com ele ali.

Durante o dia trocamos poucas palavras, as vezes via ele me olhando e as vezes me pegava o

olhando também.

Era estranho.

— Obrigada por me ajudar hoje com a mudan?a — encostei no port?o e sorri fraco.

— Pra quem n?o iria me falar nada — disse sem mostrar qualquer rea??o e eu fiquei sem saber o que

falar.

— Obrigada por esse tempo, se n?o fosse por você eu nem seria o qu..

— é mas agora n?o importa muito, né? — me interrompeu — você vai seguir a sua vida agora, como

decidiu. Se cuida, Manuela — saiu sem esperar minha resposta.

Suspirei e fechei o port?o, era óbvio que Diego n?o tinha aceitado tudo isso e tinha raiva de mim por

isso. Eu só estava fazendo o que era melhor para nós, para o bebê e ele n?o entendia o meu lado.

Tomei um banho relaxante, lavei o cabelo e durante o mesmo as palavras de Alex n?o saiam da minha

cabe?a, n?o sabia o porque tinha ficado t?o pensativa com o que ele tinha falado. Sai do banho, me

vesti e deitei, estava t?o cansada que dormi rápido.

Peguei no sono fazendo carinho na minha barriga.

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