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Chapter 17: Capítulo 16
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Chapter 17: Capítulo 16

Manuela.

Ainda estava em choque, quando acordei Diego estava do meu lado dormindo sentado todo torto na

beirada da cama. N?o lembrava de ele ter me trago para o quarto mas era um coisa possível já que eu

tinha enchido a cara ontem. Tomei um banho demorado pois tinha lavado o cabelo que estava só pela

misericórdia. Coloquei uma toalha no corpo e fiquei secando meu cabelo no secador. Vesti o mesmo

traje de todos os outros dias, um shortinho jeans apertadinho e um biquíni cortininha preto e neon.

Prendi meu cabelo já seco em um coque e coloquei meu óculos escuro.

Por incrível que parecia eu n?o estava com fome, estava enjoada e isso provavelmente seria a

ressaca.

Beber é bom mas a ressaca é horrorosa.

Hoje eu estava querendo praia, peguei minha canga, bronzeador e meu celular. N?o fazia ideia dos

meninos, deveriam estar dormindo ou sei lá. A piscina do hotel estava bem movimentada, estava bem

cheio aqui hoje. A praia nem estava t?o cheia quanto eu achei que estivesse, ca?ei um lugar para eu

por minha canga e deitei na mesma após tirar meu short jeans. O sol estava bem forte, fritando

qualquer um. Passei bronzeador e deitei de bru?os.

Geralmente quando eu pegava sol, eu sempre dormia e acordava igual um camar?o e toda ardida

ent?o eu tentava n?o dormir. Dobrei o short e o coloquei no rosto pra ficar mexendo no telefone já que

n?o estava enxergando nada, nem percebi a presen?a das criaturas de Deus.

— Que susto — tirei o short do rosto e me virei.

— Isso é o que eu levo toda vez que eu te vejo — Alex disse se sentando na ponta da canga e dei

língua.

— Como vocês me acharam? — rolei os olhos. Nenhum minuto de paz com eles.

— Com essa bunda ai pra cima da pra vê você lá do centro de Angra — gargalhei. Victor era t?o idiota

— Parece um morro, tampa até o sol.

— Tá reparando demais — Gabriel deu um tapa no bra?o de Victor.

Insuportáveis, né?

Ficamos conversando sobre a noite passada e eles falaram um monte de coisa que eu tinha feito e

n?o lembrava, tirando a parte do gatinho que eu beijei, isso eu lembrava muito bem.

Saudades inclusive.

— Loirinha hoje vai passar o rodo — empurrei fraco e rimos.

— Vou quebrar o rodo na cabe?a dela — Gabriel disse irritado.

— Corre que o corno tá puto — deu o dedo médio para Victor.novelbin

Antes de irmos almo?ar nós ficamos na água um pouco, estava muito calor pra ficar só sentada na

areia. Eu gostava muito de praia mas tinha um medo enorme de tubar?o, qualquer coisa que

encostasse no meu pé eu já fazia aquele escandalo, por isso sempre ficava no raso que era pra n?o

dar merda.

— Toda velha já e com medo de ir para o fundo por causa de tubar?o — Gabriel disse saindo da água

e passando a m?o entre os cabelos.

— Essa foi boa — Alex n?o se aguentava em pé de tanto rir — O tubar?o olha pra você e vê que é

prejuízo, se toca — dei o dedo médio.

— Vai tomar no cu vocês, sério — disse irritada.

— Fica no raso até levar um caixote — Victor disse rindo.

— Esse tipo de oferenda a Iemanjá recusa — Gabriel riu.

Onde que coloca eles no silêncio total? Pra n?o falar nunca mais.

Fomos almo?ar no hotel e pedimos um camar?o na moranga, eu amava. Os meninos ligaram para

Diego e nada de sinal do mesmo, enquanto eles estavam querendo saber dele eu só estava com fome

e esperando minha comida mesmo. Meia hora depois o nosso pedido chegou e minha boca

automaticamente encheu d'água. Meus olhos brilhavam, parecia crian?a quando ganha brinquedo.

— Olha a draga — Alex me observava colocando a comida no prato — Deus me livre — rolei os olhos.

Fizemos a refei??o conversando um com o outro, o camar?o estava mega gostoso, eu repeti umas

três vezes. Diego chegou e se sentou a mesa, seu rosto estava meio amassado, deveria ter acabado

de acordar.

— Onde você estava, seu corno? — Alex perguntou apoiando os dois cotovelos na mesa.

— T? te comendo agora? — se sentou.

— Grosso — bufou — é assim que se trata sua mulher?

— Alexandra ficou bolada — Gabriel bebericou seu suco.

— N?o fode — deu o dedo médio.

Diego me olhou rápido, fiquei meio sem gra?a, talvez deveria ter sido muito grossa mais cedo. As

vezes eu deixava a raiva falar mais alto. Ele pediu um prato executivo e nós ficamos um bom tempo ali

no restaurante jogando conversa fora e esperando Diego acabar de almo?ar. Hoje nós iríamos ficar

pelo o hotel mesmo já que iria ter uma festa aqui a noite.

— Essa noite promete — Gabriel passou a língua no lábios e esfregou as m?os.

— Promete você dando perda total, né? Só se for — Diego riu.

— Ainda prefiro o carnaval de rua — Alex rolou os olhos.

— Você n?o faz nada além de dar trabalho pra gente e deixar sua dignidade no negativo, Alex — falei

e o mesmo bufou.

— A loirinha tá certa — victor apontou pra mim.

— Sempre estou — mandei um beijo no ar.

Estávamos aqui há poucos dias e todos os dias brigávamos tentando escolher alguma coisa pra fazer,

e hoje foi entre a festa do Hotel e ir para o centro, onde rolava a folia.

E era Alex que causava o tumulto, como o de sempre.

— Vamos ignorar a presen?a de Alex — o mesmo deu o dedo médio e nós rimos.

Nós saímos do restaurante e ficamos sentados nos sofás próximo a piscina. As pessoas que

trabalhavam aqui passando pra lá e para cá com as coisas da festa mais tarde, iria ser um Luau.

Ficamos um tempo ali sentados e conversando, depois cada um foram para seus quartos.

Eu estava um pouco cansada, ainda n?o estava sem por cento. Deitei e fiquei mexendo no telefone

até pegar no sono.

..

Estava me arrumando, terminava de passar a mascarar cílios e Victor e Alex cismaram de ficar aqui

no quarto enquanto eu me arrumava só para me perturbar.

Mere?o, né?

— Por que mulher demora a vida toda pra se arrumar? — resmungaram e eu rolei os olhos.

Já fazia um tempo que eu n?o respondia mais eles e mesmo assim n?o se mancavam.

Victor e Alex já tinham perguntado sobre tudo que estava na minha mala, e cada maquiagem que

pegavam eles queriam saber o que era e pra que servia.

N?o aguentava mais.

Os dois estavam de camiseta e bermuda jeans, simples porém bonitos.

— Se esse vestido fosse colado você ia parecer um baseado, loirinha — Victor jogou uma almofada

em mim.

— Eu já diria uma tanajura branca — dei o dedo médio pelo espelho para Alex.

— Chega — terminei de passar a máscara de cílios e os expulsei do quarto.

Tinha meia hora que eles estavam aqui e essas meia hora eram me chochando.

— Viemos te fazer companhia e é assim que você trata a gente, tanajurinha? — Alex fingiu estar

indignado.

— Vamos amigo, ela n?o nos merece — Victor fez beicinho e eu morri de rir.

Me acabei de rir com eles encostada na porta, era cada coisa.

Eu estava linda, meu corpo real?ou bastante do vestido que eu estava. Ele era branco canelado com

fendas e tinha um decote maravilhoso. Eu fiz um babyliss no cabelo e soltei os cachos com os dedos

para deixá-lo apenas ondulado. Coloquei uma rasteirinha e peguei meu celular antes de sair do

quarto. O hotel estava lotado, havia muitas famílias aqui e até mesmo casais, acho que a maioria das

pessoas aqui fizeram igual a gente, deixaram de curtir o carnaval na rua para curtir o Luau. Uma

menina que trabalhava no estabelecimento me deu amigavelmente um colar de flores vermelho.

— Obrigada — sorri e dei várias voltas com ele no meu pulso até ficar um pulseira.

A praia estava linda, tinha várias tochas de bambu pela areia, várias mesas com comida, barman,

música ao vivo e um varal de lampadas que deixa a praia a coisa mais linda do mundo. Observei o

local e n?o encontrei os meninos, n?o deveriam ter descido ainda.

Fui até a mesa de frios e peguei um ovo de codorna com molho.

— Já está comendo? — meu cora??o disparou.

Diego apareceu do nada, parecia fantasma.

— E você acha que eu perco alguma oportunidade? — rimos e ele saiu.

N?o gostava nenhum pouco de pedir desculpas para alguém, meu orgulho sempre falava mais alto.

Mas independente eu devia isso a Diego, ele tinha sido legal comigo e eu uma completa escrota.

Apesar de n?o ir nada com a cara dele eu n?o podia ser t?o tosca a esse ponto.

Ele estava um pouco distante do Lual olhando para o mar, quando eu digo que ele parece maluco as

pessoas falam que é implicancia. Me aproximei dele e ficamos lado a lado.

— Acho que te devo desculpas por mais cedo — encarei o mar — Desculpas, deixei a raiva que eu

sinto por você falar mais alto.

Ele deu um sorriso e fraco e ajeitou as m?os no bolso da bermuda. Do que ele estava rindo? Eu era

palha?a?

— Do que você ta rindo? — perguntei tentando n?o me exaltar, já tinha me arrependido.

— De você, ué.

— O que que tem eu? — o olhei com a sobrancelha arqueada.

— Você é o tipo de pessoa que age estupidamente com as pessoas e depois vem pedir desculpas

como se nada tivesse acontecido, Manuela — me olhou.

— To te pedindo desculpas, qual é o seu problema?

Ele ficou de frente pra mim e parecia que enxergava minha alma, olhava no fundo dos meus olhos.

Diego se aproximava e eu dava um passo pra trás meio receiosa, o que ele estava fazendo?

Como estava de noite a única coisa que iluminava era a lua e as tochas de bambu que estavam

espalhadas pela praia. Eu enxergava bem o rosto de Diego, até porque ele estava próximo ao meu.

Nós estávamos cara a cara, meu cora??o só faltava sair pela boca.

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