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Capítulo 1

– Sr. William, já saiu o resultado dos exames! A Srta. Liliane n?o teve nenhum tipo de atividade sexual

até o momento, todos os exames ginecológicos est?o normais, ela é uma jovem limpa.

Na porta da sala de exames do hospital, o guarda-costas com celular na m?o falou respeitosamente

ao homem do outro lado da linha.

Liliane Marques estava com a cabe?a baixa, parada no corredor movimentado, tentando ignorar os

olhares curiosos das pessoas ao redor.

Sua m?e estava doente e seu pai tinha uma enorme dívida de jogos de azar.

Com essas duas montanhas a pressionando, ela se viu obrigada a usar seu próprio corpo como uma

moeda de troca para subir na cama de William.

Após um momento, a voz profunda e magnética do homem veio do celular do guarda-costas:

– Traga-a para o Jardim Azul.

Jardim Azul.

à luz fraca, Liliane estava encolhida nervosamente sob os len?óis, nua como um ovo descascado.

Ao lado da cama estava um homem de beleza incomparável, embaixo de suas sobrancelhas

arqueadas tinha um par de olhos amendoados finos, que a encaravam de forma profunda e

indiferente.

Liliane sabia que ele era o William, o mandachuva da regi?o de Serafim.

O homem puxou o len?ol de seda, revelando o corpo impecável de Liliane diante de seus olhos

escuros.

Logo em seguida, seus beijos quentes caíram sobre ela.

Quando a última barreira do corpo foi rompida, Liliane gemeu de dor.

William mordeu os lábios dela e ent?o sussurrou em seu ouvido:

– N?o chore, foi escolha sua. Lembre-se, nem todas têm o direito de transar comigo…

De repente, Liliane acordou de seu sonho, ainda ecoando em seus ouvidos as palavras de advertência

do homem.

Ela virou lentamente a cabe?a e viu William dormindo ao seu lado.

Liliane se sentiu um pouco atordoada por um momento.

Num piscar de olhos, ela e William já se conheciam havia três anos.

Durante esses três anos, ela foi sua secretária pessoal. E também, clandestinamente, sua amante.

Ela n?o imaginava que ainda sonharia com a noite em que se conheceram pela primeira vez…

Liliane massageou a cabe?a latejante e estava prestes a se sentar quando o celular na mesa de

cabeceira come?ou a tocar.

William abriu os olhos e rapidamente se sentou, pegando o celular e atendendo.

– Diga. – Ele aproximou o celular do ouvido, revelando um perfil nítido e anguloso.

Mesmo assim, Liliane ainda conseguia ouvir a voz do outro lado da linha.

– Sr. William, verificamos e aquela mulher n?o é a pessoa que o senhor está procurando.

Em um instante, os olhos profundos de William ficaram ainda mais escuros.

Liliane olhou para o rosto sombrio do homem e sentiu um amargor no cora??o.

Como amante de William por três anos, ela sabia que ele estava procurando por uma garota.

Aquela garota o havia salvado quando era crian?a, depois desapareceu sem deixar rastros, mas

William a manteve em seu cora??o até hoje.

Sentindo o olhar de Liliane, William virou a cabe?a em sua dire??o e disse com a voz rouca:

– Saia!

Liliane n?o disse nada. Ela saiu da cama como uma marionete sem emo??es, pegou suas roupas no

ch?o e foi descal?a para o quarto de hóspedes.

No banheiro, ela ligou o chuveiro e deixou a água cair em seu rosto.

A atitude do homem a deixou triste, mas Liliane sabia muito bem que n?o tinha o direito de ficar triste.

Ela podia estar ao lado dele apenas porque tinha uma pinta vermelha em sua orelha direita

semelhante àquela garota.

Aos olhos de William, ela era apenas uma substituta daquela amada que ele sempre procurou, apenas

um brinquedo que ele poderia dispensar a qualquer momento, desde que pagasse o suficiente.

Quando Liliane saiu do banho, William também saiu do quarto.

Ele estava vestindo um terno de excelente corte, exalando elegancia e frieza. Sua beleza era

hipnotizante.

Os dois se encontraram e Liliane disse a ele como sempre:

– Vou fazer o café da manh?.

William olhou friamente para Liliane e se virou para descer as escadas.

Quando Liliane trouxe o café da manh? pronto, o assistente de William, Jorge, entrou pela porta da

frente.

Ele colocou um saco preto com remédios na frente de Liliane, dizendo:

– Secretária Liliane, seus remédios.

Liliane hesitou por um momento, colocou a refei??o na frente de William e respondeu com indiferen?a:

– Certo.

Ela pegou um comprimido branco e o engoliu, sem express?o no rosto.

Ao ver Liliane engolir o remédio, Jorge saiu da mans?o e esperou do lado de fora.

Liliane deu uma olhada distante no rosto indiferente de William no sofá e o lembrou:

– Sr. William, o café da manh? está pronto.

William colocou o jornal de lado e se aproximou da mesa.

Ele pegou a xícara de café e deu um gole antes de levantar os olhos pregui?osamente para olhar para

Liliane.

– Ficar ao meu lado é uma escolha sua, mas eu disse desde o início que você precisa saber o seu

lugar. Controle suas emo??es, o seu olhar está muito óbvio. – Ele disse.

Mesmo que Liliane fosse habilidosa em esconder suas emo??es, elas sempre acabavam sendo

reveladas na frente de William.

Ela se sentou em frente a William, agindo como se nada estivesse acontecendo, segurando sua xícara

de café.

– O Sr. William está preocupado demais. Estou apenas pensando sobre os planos para hoje e fiquei

um pouco distraída. – Ela respondeu.

E daí se ele descobrisse? Bastava dar uma desculpa.

Ela n?o queria que todo o seu orgulho fosse consumido completamente.

William n?o disse mais nada. O clima durante o café da manh? estava muito pesado.

Oito horas da manh?.

Dirigindo, Jorge levou os dois até a entrada do prédio da empresa.

Como a empresa líder de Serafim, o prédio da empresa de William se erguia no centro da cidade.

Era imponente e arrogante, assim como ele.

Enquanto Liliane se preparava para sair do carro, William repentinamente jogou um documento em

suas m?os.

– Tem um evento esta noite, você vai me representar e participar. Se conseguir garantir o contrato com

Lucius, você receberá um b?nus de 500 mil reais. – Ele disse.

Liliane ficou paralisada, olhando chocada para o contrato em suas m?os.

Para ela, aquilo era uma batata quente.

Lucius Gales, o presidente da Empresa RT de Serafim, era conhecido por ser um tarado bissexual e

extremamente manipulador em certos aspectos.

Ninguém que caísse em suas m?os sairia ileso do quarto.

Se ela fosse sozinha, seria como uma ovelha colocando o próprio pesco?o na boca do lobo.

Mas o b?nus de 500 mil reais era uma tenta??o irresistível para ela.

Com aquele dinheiro, ela poderia cobrir as despesas médicas de sua m?e e pagar as dívidas de seu

pai.

– Se você n?o quiser, pode recusar. – Disse William com um tom indiferente, olhando friamente para

Liliane.

Liliane ficou em silêncio por um momento e apertou firmemente o contrato em sua m?o, respondendo:

– Eu quero.

Assim que ela terminou de falar, William soltou uma risada curta e fria.

Embora ele n?o tivesse dito nada, Liliane sentiu que seu rosto estava cheio de desprezo por ela.

De fato, aos olhos de William, Liliane era apenas uma mulher obcecada por dinheiro.

Ao entardecer.

Liliane trocou de roupa, optando por algo conservador, mas elegante, e foi até o Hotel Ares com o

contrato em m?os.novelbin

Durante a meia hora de trajeto, Liliane estava se encorajando mentalmente.

No entanto, quando ela entrou no elevador do hotel, ainda sentiu um panico incontrolável.

Isso porque, quando ela entrou em contato com Lucius hoje, ele escolheu encontrá-la na suíte

presidencial, e n?o em uma das salas privativas do térreo.

As inten??es de Lucius eram óbvias.

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